O tempo é algo estranho! Assemelha-se a um tapete rolante com destino indeterminado...
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Uma vez em cima dele é impossível saltar fora, e a partir daí – regra geral – temos duas escolhas:
- Caminhamos ao seu ritmo e vamos acompanhando e desfrutando daquilo que este nos proporciona durante a viagem;
- Sonhamos com as metas por onde este passa, mas por descuido ou falta de pedalada vamos desperdiçando cada uma dessas metas, até que nos apercebemos que o tapete anda a 50 e nós a 10, e assim – quando chegamos aos sítios – as portas por onde o tapete passou já se encontram fechadas.
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Entretanto – mais raros – existem os iluminados, seres que regra geral estão vistos como génios ou grandes artistas, mas que na verdade nada têm a mais que você ou eu, a não ser o facto de se adiantarem ao “tapete voador do calendário” – como lhe chamou Gabriel O Pensador num dos seus mais recentes êxitos – e que têm a ousadia de prever em vez de sonhar, de arriscar em vez de desejar, de fazer em vez de querer, superando expectativas, tentando estar sempre um passo à frente no tempo dos outros, patrão dos outros, suporte dos outros...
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Estes iluminados – que não são escravos do tempo – criam as suas próprias portas em vez de aproveitarem as portas que o tempo abre, correm quando os outros andam, voam quando os outros ousam correr e ultrapassam as metas mesmo antes destas existirem na cabeça dos outros...
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Do que precisa para ser um iluminado?
De vontade, de querer, de correr ou de voar quando preciso, de criar, de um pingo de sorte – que depende sempre mais da nossa atitude do que de superstições -, de inventar portas quando elas não estão lá, de prever em vez de sonhar, de arriscar em vez de desejar, de fazer em vez de querer...
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Tente!!!
Talvez valha a pena!!!
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Como dizia o maior de todos os poetas – isto pode ser discutível para alguns -, o senhor Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!"
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