quarta-feira, março 08, 2006
Hoje deu-me uma branca
A pomba branca apareceu por detrás de uma nuvem branca e foi justamente poisar no peitoral da janela de Dona Branca. A janela da casa de Dona Branca também era branca, bem como a casa que era uma casa branca numa rua de casas brancas e que por isso era uma rua branca. Branca era ainda a toalha de Dona Branca, estendida à janela branca da casa branca da rua branca onde a pomba branca vinda por detrás de uma nuvem branca foi ousar deixar um presente. Dona Branca, que na mesma altura estendia uma camisa branca que o marido comprara a uma mulher branca nessa mesma tarde de céu coberto por nuvens brancas, ficou danada com a pomba branca poisada na beirada da sua janela branca e que sujara a sua toalha branca lavada com o melhor detergente que deixa a roupa mais branca. Danada que ficou a Dona Branca, eis que pegou na sua chinela branca de uma marca branca e açoitou a pena branca da pomba branca vinda por detrás de uma nuvem branca e que atrevida poisara naquela janela branca de uma casa branca de uma rua de casas brancas e que por isso era uma rua branca. Bem-feita para a pomba branca, para não se voltar a meter com mulher preta.
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