quarta-feira, março 08, 2006

Puniu-se, porventura, regressando

Abriu os olhos! Planeou o despertar. Olhou e reparou nesse belo corpo de mulher a seu lado. Conquistou-lhe um sorriso e navegou por pensamentos perversos, doces, quase reais – ou não fosse essa definição de espaço/tempo. Sonhou acordado, as formas e os carinhos sobre as formas...
Puniu-se, porventura, regressando!!!
Perguntou aos astros, o significado da alma daquele ser deslumbrante, belo, quase irreal – ou não fosse essa definição de espaço/tempo. Conceituou o espírito dessa mulher e resumindo-lhe o sentido do seu ser, acolheu-a no seu leito interior. Pensou-a da forma que a queria ver, da forma como queria que ela fosse. Inventou dela e sobre ela, para si! Inventou que o sol que assaltava o seu belo rosto através das cortinas, a tornava angelical. Inventou que o aroma doce trazido pela brisa fresca na janela semiaberta era um convite dos Deuses para a levar a passear... Inventou que a sua meiga voz matinal era um convite dela para ele se passear no seu corpo bem desenhado. E, quase se sujeitou ao desejo, não tivesse o seu subconsciente se comprometido com a moral...
Puniu-se, porventura, regressando!!!
Imaginou-a num lugar obviamente abaixo de Deus, mas decerto acima de anjo! Percorreu-lhe a perfeição e morou-a no paraíso... Embriagou-se, sem ter sede, nos sentidos para além daqueles quem morrem nos homens. Afogou-se em marés que não levam a oceano algum. Perdeu-se por lados nenhuns sem se querer encontrar, jamais! Fugiu, sem correr para sítio algum que obedeça a essa definição de espaço/tempo...
Puniu-se, porventura, regressando!!!

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